“Hoje, essa facilidade de ficar no sofá, ou na cama, ou na mesa, as pessoas não fazem atividade física e ficam com o celular digitando e até se divertindo. Mas essas pessoas sedentárias têm hábitos não saudáveis, ingerem alimentos gordurosos e frituras. Esses alimentos saborosos e gostosos acabam sendo muito calóricos. Ainda por cima, tomam refrigerante, algumas pessoas também fumam”, afirmou Silveira. O estudo levou em consideração os dados do sistema de internação hospitalar do DataSUS do Ministério da Saúde, por isso o levantamento cobre todos os pacientes brasileiros que usam os serviços do SUS, seja na rede pública ou na rede privada, por meio de convênios. O volume representa cerca de 70% a 75% de todos os pacientes do país.
O infarto se dá quando uma parte do coração para de funcionar em decorrência de uma obstrução nas artérias do coração, as chamadas coronárias. São essas artérias que irrigam sangue até o coração, se o fluxo de sangue não consegue passar a via entope e o coração para. De acordo com o cardiologista, a dor que indica o infarto pode começar no peito, como se fosse um aperto, é uma dor que queima e de forte intensidade: “Alguns sintomas podem ocorrer junto, como sudorese, a camisa e a roupa ficam encharcadas por aquela sudorese profusa. Palpitação e batedeira também são alguns sintomas que podem preceder um infarto agudo. Canseira, dificuldade de fazer esforço, de subir escadas e de carregar peso”.
Apesar de serem sintomas relativamente conhecidos, parte deles são silenciosos e relacionados com o coração apenas quando o paciente faz exames de rotina. Além disso, o médico chama atenção para a Covid-19 enquanto fator de risco, pois a doença pode ser gatilho para o infarto: “O Covid causa uma reação inflamatória muito grande no organismo. Aquelas pessoas que tem características sedentárias acabam instabilizando, deixando as placas das artérias coronárias instáveis e elas se rompem devido a esse processo inflamatório do Covid. O diâmetro das artérias diminui, as artérias ficam inflamadas e isso predispõe à trombose arterial, na artéria coronariana. Isso favorece também o desenvolvimento do infarto”. A mudança no estilo de vida, tanto na alimentação, quanto na prática de exercícios físicos, é a primeira medida para prevenir e evitar doenças cardiovasculares.