O litro da gasolina pode ficar R$ 0,34 mais caro a partir desta quinta-feira (29). No etanol, o aumento deve ser de R$ 0,11 por litro.

 Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a cobrança integral de impostos federais sobre os combustíveis estava determinada para retomar no dia 1º de julho, mas a medida provisória não foi votada.

 Em março, a reoneração aconteceu de forma parcial. Agora, a parcela restante volta a incidir. O Ministério da Fazenda não respondeu ao questionamento da reportagem sobre a data do retorno da reoneração.

 A medida foi planejada pelo governo Lula como uma forma de diminuir o impacto nos postos. A desoneração foi implementada pela administração passada, de Jair Bolsonaro, às vésperas das eleições.

 Ainda de acordo com a Abicom, os encargos terão impacto total de aproximadamente R$ 0,68 no litro de gasolina. Serão R$ 0,07 de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e R$ 0,61 de Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Pis/Cofins).

 Sobre o etanol, o crescimento de cobrança tributária diz respeito apenas a Pis/Cofins.

Busca por receitas

 A maior cobrança de impostos sobre os combustíveis acontece em meio à tentativa do governo federal de aumentar a arrecadação sem cortar gastos. A ideia é controlar as contas públicas.

 A regra fiscal proposta pela equipe econômica de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, prevê aumento total de até R$ 150 bilhões nas receitas. Com essa reoneração sobre os combustíveis, a pasta disse ao R7 esperar arrecadar R$ 16,5 bilhões.

 Por isso, especialistas contrários ao projeto de lei afirmam que o arcabouço fiscal resulta em aumento de impostos.

 “Quando se fala em ‘aumento de arrecadação’, significa que você [o contribuinte] vai pagar mais imposto. Esse aumento necessário para ter o equilíbrio fiscal é muito grande. Ou seja, nós, brasileiros, vamos ter que pagar mais tributos ao Estado”, opina Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil.

 Apesar disso, o Ministério da Fazenda afirma que a proposição “não vai aumentar a carga tributária”. Mesmo assim, o governo Lula tem trabalhado pelo aumento de cobrança de encargos.

 

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